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| Alderico Campos, presidente da Câmara de Paço do Lumiar |
Cassado em todas as instâncias da Justiça Eleitoral acusado de compra de votos, mas ainda no cargo por conta de artimanhas jurídicas, o presidente da Câmara de Vereadores de Paço do Lumiar, Alderico Campos (DEM), se recusa a cumprir uma decisão do presidente do STF, ministro Cezar Peluso.
Se fosse um pobre mortal já estaria na cadeia. Mas parece que Alderico tem as “costas quentes”. Tanto que no próximo ano já tem eleição e ele continua vereador.
No final de 2010, a 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça, desarquivou um processo através do qual o vereador reclamava de repasses a menos feitos pela Prefeitura de Paço do Lumiar. A relatora do caso foi a desembargadora Nelma Sarney. Estou falando do agravo de instrumento nº 7339/2010.
O processo foi julgado favorável a Alderico. Foram expedidos então dois alvarás para o saque dos recursos: um de R$ 284,4 mil e outro de R$ 414 mil, totalizando cerca de R$ 700 mil. Os alvarás foram dirigidos à agência 4863-1, do Banco do Brasil de Paço do Lumiar.
O dinheiro foi bloqueado das contas da prefeitura para pagar a Câmara, sendo retirado de diversos setores, inclusive da saúde.
Os advogados do presidente da Câmara na ocasião eram Sebastião Moreira Neto e Carlos Luna, hoje procurador-geral do município.
A prefeitura recorreu ao STF. O presidente Cezar Peluso, no dia 28 de dezembro do ano passado, determinou a devolução dos recursos em 48 horas na Suspensão de Segurança nº 4315.
Só que até hoje, mais de seis meses depois, Alderico se finge de morto para não cumprir a decisão do presidente da mais alta Corte de Justiça do país. Ele tem dito a aliados que gastou o dinheiro. Com o quê ou quem, não se sabe.
Conivente com a situação, a prefeita Bia Venâncio (PDT) também não cobra o dinheiro de volta. Talvez até porque o então advogado de Alderico é hoje o procurador-geral do município
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